Energia: a evidência da eficiência
16 de Março, 2008|
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A Quercus propôs ao Ministério da Economia o fim da venda de lâmpadas incandescentes até 2011 de modo a que fossem adoptadas na iluminação apenas as lâmpadas economizadoras (e.g. fluorescentes compactas). |
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Hélder Spínola* Na verdade, a medida agora apresentada pela Quercus representa, em poupança de energia, quase tanto como o que vão produzir as dez novas barragens previstas no Programa Nacional de Barragens, programa discutido publicamente no fim do ano passado e que tem impactes negativos preocupantes sobre a biodiversidade e recursos hídricos. O fim das lâmpadas incandescentes em 2011 significa uma poupança de 1400 GWh/ano (3% do consumo de electricidade em Portugal) enquanto que as dez novas barragens representam apenas uma produção um pouco superior (1632 GWh/ano). Esta proposta revela de forma clara e evidente o alcance das medidas de poupança e eficiência comparativamente aos investimentos na produção de mais energia eléctrica, mesmo que por fontes renováveis. Se, com este exemplo tão evidente, a sociedade e o governo não perceberem qual deverá ser a aposta prioritária para a diminuição da dependência do petróleo e redução de emissões poluentes, então iremos continuar mais algum tempo a perseguir objectivos que não nos levam pelo caminho mais curto e eficiente em direcção a um modelo energético mais sustentável. *Presidente da Direcção Nacional da Quercus |
Etiquetas: ambiente, Ecologia e Desenvolvimento Sustentável, Eficiência Energética
