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Coruche continua a precisar de um “Upgrade Tecnológico”

5 de Setembro, 2022

Sempre que um ano letivo termina, são, estou certo, muitos os jovens de Coruche são confrontados com o problema do que fazer no futuro: ou continuar a estudar no concelho mesmo que não seja na área da sua vocação e preferência, ou procurar outras saídas noutros concelhos.

Todos os anos, é bastante significativo o número de jovens do nosso concelho, que devido ao leque restrito de opções que lhe são oferecidas para prosseguirem os seus estudos após concluírem o 9º ano, tem de sair em direção a outros concelhos vizinhos.

Mais um ano letivo se vai iniciar e o ticMAIS não tem informação que esta situação se vá alterar, mas se assim for, será o primeiro a louvar.

De Dezembro de 2002 a Janeiro de 2006 (com algum empenho pessoal de elementos do então Movimento.e-Coruche) foi possível funcionar, na Escola Profissional de Coruche, o primeiro e único Curso Técnico-profissional de Informática (nível III) promovido pelo Centro de Emprego de Salvaterra de Magos.
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Foi uma iniciativa extremamente positiva e encorajadora, mas infelizmente curta.
Apesar do ticMAIS  ter desenvolvido alguns alertas públicos, face à possibilidade de o curso poder não ter continuidade a partir de 2006, infelizmente tal veio a acontecer. Coruche voltou (e já se passaram mais 16 anos) a não ter nenhum curso profissional na área das Tecnologias de Informação e Comunicação.
Assim como os países que absorvem cérebros são vencedores e aqueles que os fornecem são perdedores, também ao nível das regiões e dos concelhos, esse impacto positivo ou negativo, se verifica.

As economias modernas estão dependentes cada vez mais do “saber fazer” científico e das tecnologias de ponta, pois o ritmo das mudanças é bastante rápido.
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Para o concelho não é bom a saída dos seus jovens verificar-se tão cedo, mas mais preocupante é, depois de concluírem os seus estudos, os jovens quadros (e não só os de formação superior) na sua grande maioria, não regressarem para aí viverem e trabalharem e, desse modo, poderem colocar os seus conhecimentos ao serviço do desenvolvimento do concelho.
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Como já aqui referi anteriormente, se não se inverter esta situação (que reconheço não ser fácil) mais tarde, serão também os pais a ter necessidade de ir ao encontro dos filhos. É, pois, oportuno questionar as entidades responsáveis, sobre as medidas a desenvolver para procurar reverter esta situação.
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Assim como noutras áreas se anunciam “mega eventos”, também aqui são necessárias, a nível municipal, “mega medidas” que visem aumentar os níveis de opções e de habilitações da nossa população, reforçar os incentivos à aprendizagem ao longo da vida e uma participação acrescida em ações de formação, em especial para as pessoas com poucas qualificações.
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NOTA:
Da nossa parte (ticMAIS) continuamos a lutar para que esta situação se altere.

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