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Contributos para o debate autárquico:

29 de Setembro, 2009
Desenvolvimento local: novos desafios, novos protagonistas

O modelo de administração local tem de prosseguir novos objectivos adaptando-se cada vez mais às novas exigências e complexidades de uma sociedade moderna. Para tal, impõe-se a implementação de novas e eficazes formas de organização.
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Começa a chegar ao fim o tempo em que construir um Pavilhão Multiusos, inaugurar umas rotundas e promover umas festividades bastará para resolver os problemas de uma gestão.
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Se ao nível das empresas já se chegou à conclusão de que, na era da Sociedade do Conhecimento, precisam de se reorganizar e reequipar, também os municípios se vêm apercebendo (nem sempre por iniciativa própria e com a reacção necessária) que a evolução e a complexidade dos sistemas sociais modernos requerem outros caminhos, outras soluções e mesmo outros protagonistas.
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O ciclo que já se iniciou será feito, porventura, de realizações menos visíveis, mas nem por isso com menor influência no bem-estar da população. Assim, é necessário que as autarquias orientem uma parcela maior do seu investimento para a captação e fomento de projectos verdadeiramente indutores de desenvolvimento sustentado, medidas que valorizem o conhecimento, a cidadania, a inovação, que potenciem o desenvolvimento material e intelectual da sua comunidade, que fomentem o empreendedorismo e uma nova cultura política.
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Perante tal realidade, é escusado disfarçar. Com a evolução das novas tecnologias (hoje essenciais a todos os sectores de actividade), a expansão urbanística, o aumento dos equipamentos públicos e das necessidades colectivas, e a forma como se vem redefinindo de forma profunda o modo de intervenção cívica e as funções dos diversos espaços económicos e sociais, procurar novos caminhos de desenvolvimento, mais sustentáveis e com maior protagonismo local, que respondam aos desafios do desemprego, da aposta na permanente evolução dos recursos humanos locais, da exclusão social, da desertificação populacional e da fuga da sua “massa criativa”, é uma questão de sobrevivência.
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Talvez, nunca como hoje, a necessária e urgente utilização das capacidades e da criatividade tenha assumido tanta importância.
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Quando navegamos na Net e analisamos os diversos “movimentos” que emergem da sociedade civil, resulta cada vez mais evidente a confirmação duma classe interventiva capaz de provocar dinâmicas diferenciadoras e sustentadoras de alguma esperança estratégica em relação ao futuro. É cada vez mais decisivo o papel que a sociedade civil pode ter na regulação das políticas públicas que têm a ver com o desenvolvimento sustentado das suas regiões.
Poderá parecer um pouco estranho, num mundo cada vez mais globalizado, procurar encontrar respostas para estes graves problemas ao nível do local. No entanto, é preciso perceber que quanto mais a economia se globaliza, mais as comunidades municipais têm necessidade de estar à altura desse desafio e criarem as suas âncoras locais.
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